domingo, 11 de dezembro de 2011

os belos corpos como maré me inundam e me esvaziam em um tempo tão curto que não cabe contar.
teu corpo torto, teus olhos vivos, intranquilos, tua mente aberta, tua fome de mim e de mundo que não te cabe que me alimenta.
tu, que não sabe se vai ou se fica, e me mata e me agita e me acorrenta no que sinto sem entender.
me larga perdida no mundo, em mim, sem chave, porta, saída ou carta de alforria que eu nunca assinaria simplesmente por querer me manter acorrentada a ti, esperando o momento em que me preenches, um tempo tão curto que não cabe contar.