segunda-feira, 23 de setembro de 2013

são tempos secos esses, rapaz!
estiagem de palavra.
dá nem prosinha, mirradinha que fosse.
os versos tão tudo verde. do suculento mesmo, só adiante, quando madurar.
ainda num aprendi a contar o tempo fora do relógio.
o tempo do rio é um, do menino pequeno outro, das ararinhas-azuis um terceiro um tanto diferente.
o dos versos então ...
o homem de chapéu e paletó me ensinou a juntar tudo no relógio: ponteiro-ponto-traço.
quero desaprender!
só assim posso nadar no rio, brincar com o menino e voar com as ararinhas-azuis.
e, enfim, escrever poemas.