terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

caminhou pra além da valsa dos ponteiros do tempo-espaço.
gastou sapatos e pés por áridos desertos sem nem um porquê pra aliviar um pouco a sede.
bambeado pela tonteira, afastou as nuvens dos olhos tentando desvendar a forma indecisa que se mostrava tímida à distância.
um poço, finalmente!
acordou as pernas e correu. tinha sede. uns passos adiante e viu poço virar pele morena, de meio-sorriso.
mais dois passos e poço de novo.
talvez era poço-morena.
ou talvez a morena era poço profundo demais,
que às vezes mata a sede e às vezes mata afogado.