terça-feira, 13 de setembro de 2011

esconde-esconde lunar

chegou tão perto que quase tropeço.
entrei na condução e ela, um pouco mais distante dessa vez, veio atrás.
ia na mesma velocidade que o trem, não sei quem conduzia quem.
ahh certamente era ela, com sua luz prateada na janela.
por vezes escondida atrás das árvores, como se me espiasse.
logo depois vinha toda toda, escancarada no céu da cidade.
como que para brincar comigo, que ansiava por admirá-la, se escondia atrás dos prédios e viadutos.
chegava bem perto das casas do topo do morro, como se desejasse compensar tanta desigualdade com a sua presença embalando o sono dos que cedo madrugam.
e quando eu pensava quase poder tocá-la, fui raptada por um túnel, que levou para longe meus pensamentos, para bem além do mundo da lua.

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