domingo, 10 de agosto de 2014

noites mal dormidas
remexidas
na companhia dos vultos.

frases à solta no breu.

a boca, trocada
calou quando se pediu a fala
e derramou o inoportuno em palavras.
repetidamente.

a cabeça paga.

todos os irresolutos ao redor da beirada da cama
são pernilongos zumbindo na beirada do ouvido
aguardando impacientes
a resposta pro mundo ainda naquela noite
enquanto tento em vão me esconder nos travesseiros.

apelo pro cosmos:
leva embora o café depois das oito!
talvez dê jeito no meu coração afoito.


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