quinta-feira, 12 de julho de 2012

como gostasse de sentir saudades
afastou-se do presente
e assistiu-o de longe.
achou o que inventava mais bonito.
a memória do que viveu um dia era sua obra-prima.
coisa fina!
o tempo não podia corroer.
aquele choro sem som de tristeza em dias chuvosos não poderia molhá-la
assim como o suor de um dia inteiro de amor rolado na cama não a deixaria salgada.
a reluzente pele morena totalmente exposta em sol radiante não a cega.
o leve toque na nuca desembocado em gostoso cafuné não a arrepia.
o cúmplice silêncio não pode se fazer ouvir.
permanecerá para sempre impenetrável à toda doçura de viver.





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