sábado, 18 de maio de 2013

Debruçada no parapeito da janela acompanho seus passos ainda próximos do portão. Aguardo o momento em que voltas seus olhos para cima e encontra meu sorriso que já quase não se sustenta mais. Enquanto te movimentas para retornar ao teu caminho, minha boca vai ficando disforme e meus olhos pesados de lágrimas. Não quero que me vejas chorar. Se seguem dias de melancolia. Nunca entendi como em tantas despedidas consegui conter meu ímpeto desesperado de correr atrás de ti e não te deixar se afastar nem mais um passo de mim. Talvez porque tenhamos medo do que seria de nós se tu não fosses embora. Conforta-me mais o medo de que não retornes.

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