quinta-feira, 23 de maio de 2013

porto inseguro

abrigo dos sofrimentos já conhecidos
das incertezas velhas de guerra
onde vive o amor que não vacila
mesmo que mude de cara, de tara, de cidade.

cambiante, mas da confusão semelhante
que ainda mexe por vezes com a sanidade da gente.
a gente que anseia pelo mar imenso
pelo contra-senso
por nova corrente.

não era isso que queria
na mais profunda fantasia
se deleitar com o coração em pulso
na mão, na boca?
mas por vezes rouca
o medo não faz o amor expulso,
através da garganta, em grito apaixonado.
oscila entre o mar e o porto, um pouco de risco, um pouco de conforto
de porto inseguro já mapeado.















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